quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FEAR FACTORY - DEMANUFACTURE (1995)


O Fear Factory foi formado sob o nome Ulceration em Los Angeles, Califórnia no ano de 1989 pelo guitarrista da banda, Dino Cazares e pelo baterista Raymond Herrera..

O nome Ulceration foi escolhido pelos integrantes da banda por acharem que esse nome soava bem na época.

Em 1990, trocam o nome da banda para Fear Factory. Caracterizado por uma mistura de riffs de thrash metal (hoje em dia, soando mais Nu metal), vocais guturais que transformam-se em melódicos, batidas pulsantes marcadas pelo bumbo duplo e baixos pesados, embarcam em uma extensa turnê passando por toda a América ao lado de bandas como Pantera, Biohazard, Sepultura e Sick of it All.


Demanufacture é o segundo álbum de estúdio da banda, lançado em 1995.

É considerado um dos melhores álbuns da banda e do género musical, com riffs pesadíssimos e produção perfeita. Serviu de influência para metade das futuras bandas de metal industrial. O álbum continua explorando o conceito do homem versus a máquina, como no álbum anterior. Este álbum é a primeira aparição do baixista Christian Olde Wolbers (embora o guitarrista Dino Cazares tenha tocado o baixo no álbum), contribuindo com a faixa "Pisschrist".


Seis características de Demanufacture:

1) o FF incorpora de vez elementos de música eletrônica nas 11 faixas do álbum, mas sem exagerar ou apelar para o artificial ou sintético - Raymond Herrera , até onde eu sei, não é nenhum cyborg vindo do futuro, programado para tocar velozmente bateria.

2) Burton C. Bell, um vocalista super versátil, com uma voz excelente esbanjando melodia e peso nas canções (a última faixa é de chorar - de emoção!).

3) as guitarras marcantes de Dino Cazares, pesadas como deve obrigatoriamente ser!

4) "e o baixo?" Christian Olde Wolbers entraria posteriormente para a banda, mas as cordas mais graves nas gravações ficaram a cargo de Dino.

5) FF é uma banda obrigatória numa espécie de trilha sonora do futuro, da ficção científica dos filmes hollywoodianos, de animes como Ghost In The Shell e Bubblegum Crisis e de livros de Isaac Asimov (célebre escritor de sci-fi, autor de "Eu, Robô"). Os temas futuristas como tecnologia, ciência e robótica - a luta do homem contra a tirania e opressão da máquina - estão presentes nas letras, de autoria de Burton.

6) músicas de destaque: apenas TODAS.




Por esses fatores "Demanufacture" é um clássico e é o álbum mais importante do FF. Enfim, para se ter na discografia básica de qualquer amante de música pesada e de qualidade, sem dúvida.

Faixas:

01. DEMANUFACTURE
02. SELF BIAS RESISTOR
03. ZERO SIGNAL
04. REPLICA
05. NEW BREED
06. DOG DAY SUNRISE
07. BODY HAMMER
08. FLASHPOINT
09. H-K (HUNTER KILLER)
10.
PISSCHRIST
11. A THERAPY FOR PAIN

Burton C. Bell: Vocals
Dino Cazares: Guitars and Bass
Raymond Herrera: Drums
Christian Olde Wolbers: Bass (track 10)

Tipo de Arquivo: MP3
Tamanho: 83,28 MB



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

LOCK UP - NECROPOLIS TRANSPARENT (2011)


Depois de quase uma década, vem o tão aguardado novo trabalho de inéditas do Lock Up, talvez uma das únicas bandas do mundo que tem tanto prestígio e importância quanto o grandioso Terrorizer. Não é para menos. Para começar, o saudoso Jesse Pintado, fazia parte de ambos os conjuntos. E ambos levam seu grindcore ao limite da brutalidade.

Em seu terceiro álbum de estúdio, esse dream team formado por Nick Barker (bateria), Shane Embury (baixo), Tomas Lindberg (vocal) e Anton Reisenegger (guitarra) mais uma vez arregaça crânios com o mais violento esporro sonoro.

São 17 músicas calcadas na pura velocidade e peso, diretas e bestiais. Os vocais de Lindberg, que também está à frente do At the Gates, é gritado e potente. Assim como em “Hate Breeds Suffering”, combinou com o espírito do grupo. Mas nesse play, ele parece muito mais raivoso. Nick Barker vive demolindo seu kit de bateria, como querendo dizer “lentidão é para os fracos!”. Shane Embury (Napalm Death), outra lenda do underground, toca velozmente seu distorcido baixo, característica do músico que, entre os inúmeros projetos, também faz parte do Brujeria. E coube ao desconhecido Anton Reisenegger a difícil tarefa de substituir Pintado, um dos mais carismáticos músicos da cena em questão. Só que cara não fez feio não! Manteve o clima dos velhos tempos do conjunto.


Como se não bastasse tanta experiência e técnica, a Lock Up conta ainda com participações especialíssimas de outros mitos da música pesada - Peter Tägtgren (Hypocrisy – ex-vocalista da própria Lock Up) e Jeff Walker (Carcass). Se alguém ainda tinha dúvidas do poderio de “Necropolis Transparent”, considere-as sanadas.

Aqui, como já era de se esperar, não há músicas que se destaquem. Todas possuem o mesmo peso e insanidade, totalizando mais de 40 minutos de terror. Produção perfeita, capa linda, qualidade mais que garantida. A Lock Up não mudou em absolutamente nada sua forma de executar grindcore. E nisso, eles são únicos. O álbum pode ser considerado uma extensão dos discos anteriores. Uma analogia válida aqui: são os Ramones do grind. Não tenho dúvidas de que esse estará entre os mais votados de melhores de 2011. E aí, grandes selos/gravadoras nacionais, quem lançará a versão nacional do CD?



Faixas:

01. Brethren of the Pentagram
02. Accelerated Mutation
03. The Embodiment of Paradox and Chaos
04. Necropolis Transparent
05. Parasite Drama
06. Anvil of Flesh
07. Rage Incarnate Reborn
08. Unseen Enemy
09. Stygian Reverberations
10. Life of Devastation
11. Roar of a Thousand Throats
12. Infiltrate and Destroy
13. Discharge the Fear
14. Vomiting Evil
15. Stigmatyr (Bonustrack)
16.
Through the Eyes of My Shadow Self
17. Tartarus

Tomas Lindberg – Vocals
Anton Reisenegger – Guitars
Shane Embury – Bass
Nicholas Barker – Drums

Tipo de Arquivo: MP3
Tamanho: 97,53 MB